
Por Rafael Belo
Na maioria sub nas outras sobre... Somos assim inconstantes. Quem somos? Ora, humanos... Não é? Deveríamos ser pelo menos... Não há e nem pode haver um medidor de humanidade pelo simples fato da nossa individualidade. O famoso desumano para um certamente é banal para outro. Não quero desviar do assunto, já se tratando de algo do tipo “não imaginei acontecer comigo”. Sabem aqueles fatos da vida envolvendo amigos os levando a se tornarem mais próximos, então este é o assunto.
Parece coisa de cinema para “evitar” lugares comuns, algo do roteiro de “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”, sem a morte (na verdade não ocorrida depois) e sem a sequência de mortes e perseguições. Mas, um quase pacto silencioso me levou ao filme. Nada grave ou criminoso apenas uma comoção de preocupações envolvendo cinco pessoas. Não vou detalhar a situação, mas o sentimento nascido dela. Quatro pessoas extremamente cuidadoras da quinta.
Foi um desmaio súbito, vindouro de um sequência combinatória não aconselhável a ninguém, perdido nas reações dos demais presentes. Porém, naquele momento surgia algo mais na amizade deles. Uma fortaleza de resquícios da muralha da china totalmente sem pretensão. Despretensiosa de tal forma a parecer algo comum. Nesses momentos não há o dito ou o não dito, há uma ligação interminável, incorruptível. Palavras muitas vezes duvidosas no nosso vocabulário diário.
É recente, mas posso afirmar ser minha concepção de amizade ainda de pouco retorno para mim. Compreensão, aceitação, apoio, opinião, procura... Estava presente em todos. Não pensei em subumanos ou sobre-humanos apenas em humanos. Somos inconstantes e codificados. Como somos humanos e como podemos ser quando a situação exige, mas não deixo de me perguntar se não é tão humano quanto não querer participar do problema alheio ou de quem aparentemente nos é querido?