Pela janela
há dois lados parados
lado a lado
com o medo interno disfarçado
de um
destemido exterior
pela
janela há os olhos olhando serem olhados... Pela janela
tudo
passando sem se mexer, sem tocar a juventude da gravidade
tardia
idade... Gravidade de envelhecer sem crescer, estática tela
de um
tempo branco em branco com as cores concentradas no descolor
é
madrugada e parece o amanhecer não vir
mas, na
infância longa, se alonga uma tímida luz
pela
janela viva aonde um novo dia cintila o pudor do porvir.
(às 18h15, 4 de
setembro de 2012, terça-feira, Rafael Belo)
2 comentários:
Rafael...
que venha o melhor dos dois lados,
que se abra as abas das janelas,
que saibamos escolher entre a brisas,
e que finalmente, recebamos o suave aroma do melhor e mais belo da abas das janelas.
Aprender sempre é preciso! Sejamos paisagem em movimento e possomos ver nosso movimentar! o brigado Mary! bj
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