sábado, maio 11, 2019

Porcelana






Foi-se o chão
não há teto nem paredes
só esta linha da tensão
vibrando um sem contar de vezes
Vai-se o corpo
não há sentido nem sentimentos
todo muito é pouco é oco
amontoado de afazeres sem momentos
irá-se a mente
história por memória
riso insano quebrados dentes
trajetória tão imprudente
Se soubesse de tanto agora
não seria eu nem teria tanta força
para ser esta origem da Aurora
rasgando as roupas fazendo com que o mundo ouça
minh'alma esboçada louca
mas têm momentos que sou toda louça cara escondida para aquela ocasião que não virá
me desfaço em cacos pois caio xícaras pires pratos
de refinado a porcelana vulgar
ser humano barato esquecendo que a Alma...
ah, está é eterna até acabar.

+-Rafael Belo/* às 17h59, sexta-feira, 02 de maio de 2019, Campo Grande-MS.

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