por Rafael Belo
Não sei qual a qualidade de homem ou quantidade de homens sou. Meço-me pela quantidade de arrepios em mim e as inúmeras vezes da emoção ser minha dona. Arrebatadora de uma criação, de uma nova criatura… Um ser humano falho, sem querer atalho para quaisquer conquista. Estatelado no chão de novo, percebo o céu estrelado por trás da dor, por trás das nuvens carregadas me encharcando chuva, neste buraco mal fechado.
Um buraco seria chamar de tímida esta inquilina inóspita já aprontando as malas para onde faça frio porque eu esquentei de novo e não deixarei mais a depressão passar sequer uma noite. Não importa a tormenta ou as forças dos ventos nem sequer uma fila eterna de argumentos, se sentir se ausentava como a qualidade dos sinais para conexão nesta realidade… Não há sinal satisfatório, se o importante é a felicidade.
Mas se conto nas mãos a quantidade de pessoas que sabem como estou, já não julgo a qualidade de Amor nesta Terra de aprendizes… Ainda contamos as lágrimas tristes descontando as alegres... Que conta infeliz fazemos. Estamos morrendo e lamentando. Ao invés de aprender a agradecer, aprendemos a afastar, a agredir, a nos proteger e fechar. Vamos nos calar perante a nossa própria dor pelas aparências?
Somos bons em essência. Bons, não tolos. Bons, não burros. Bons, não inocentes. Queremos defender tanto o que consideramos da gente que ficamos surdos, não respeitando a realidade do outro… Somos diferentes e a nossa igualdade é na Justiça, senão da Lei divina simplesmente a do retorno. Este vazio e esta solidão nos empurrando de vez em quando para a inexistência e o esquecimento são os verdadeiros fakenews desta Era de Inovação duelando com a mesma Era da Depressão. Talvez a gente não descubra sozinho a nossa força, mas precisamos aliviar o fardo que criamos para nós aceitando mãos que se estendem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário