terça-feira, outubro 11, 2016

mastigação



tudo igual na colossal vitrine da noite
açoite do vento assobiando distraído
olhar pedinte camuflado na distância
estar alado na implicância ao lado do foragido

ânsia de levantar cada desejo traído
atraído pelo canto da esperança da sereia

areia de construção desviando o olhar do objetivo
deixando vermelhos olhos tratados como fingidos

ouvintes sem atenção forrando constantemente chão caídos

esconder-se na multidão delírio da ilusão mastigados mundos.


(às 11h37, Rafael Belo, 11 de outubro de 2016, terça-feira)