quinta-feira, maio 02, 2013

Adulteradas entrelinhas


Adulteradas entrelinhas



Oscilou o clamor das redes e caiu o sinal
desabaram as paredes, sumiu o andor , o mundo se desapequenou,
desesperou dedo por dedo o ardor das sociais sem digitais
sem sinais do medo e horror ostentados pela dependência virtual

começou o caos das carências não marcadas
nos distúrbios dos subúrbios da conexão desigual
faltaram mãos para amparar a queda maquiada

faltou chão para toda energia gasta no residual
nunca mais a massa zumbi teve  a vontade compartilhada

sem cantis não mantiveram as águas confinadas no normal
morreram de sede todos aqueles que beberam da água adulterada.

(às 19h15, Rafael Belo, quarta-feira, 1º de maio de 2013).

2 comentários:

Dione Bello disse...

A sua inspiração é fantástica,a poesia está perfeita,a cada verso constatá-se o seu dom poético.Que maravilha!!!

Anônimo disse...

Esse rapaz, nasceu para ser um poeta..escreve como ninguém cunhada, e interessante é que quando leio vejo fatos sempre novos ditos de uma maneira diferente ...Parabéns! Amo você...Mamys (ainda não tive tempo de fazer meu login)