quinta-feira, agosto 01, 2013

Sem sol

Sem sol

O dedo apontou distante, silenciou os lábios e se abaixou
sussurrou intrigas, desditos e se deixou congelar
observou o malfeito sem de fato estar lá

se inflou de ego, desceu as escadas rolando
machucou as vaidades, feriu a língua

e, olha só, a mingua culpou quem passou mais perto

suando do trabalho ao sol, contando certo o mês no bolso
e tirando deste só sobras de flores secas

cinzas de um perfume espalhado
e com seu desconhecido desamor, murchou quem não floriu.

(Às 20h04, Rafael Belo, terça, 30 de julho de 2013)

Um comentário:

José María Souza Costa disse...

Olá, Celebridade.
Bom dia.
Belíssimo o seu texto.
Apontar o dedo à outros. Mostrar os defeitos, dos outros. Apresentar solução, aos problemas dos outros. Hum, tudo isso é muito fácil. Melhor, é quando o polegar, mira em nós. Façamos ser humilde, reconhecer os nossos erros. E enobrecermos como ser humano. Não é fácil, contemplarmos a humildade. Se bem que está na moda. Depois que o Estadista Vaticanista, passou pelo Brasil. Até o Governador do Rio do janeiro, o atrapalhado Sérgio Cabral, se diz, convertido. Certamente abandonará os helicópteros do Estado, que usa e abusa, no uso particular, e passará a andar de franciscana, pelas alamedas do Leblon. que bom fossemos todos tolos, certamente acreditaríamos nesse dedo amavél, dos Governos, onde só existe o indicador. e uma amão, que tal qual gaivota, só fecha em direção ao próprio bolso, principalmente se estiver com a grana da patuléia.
Belissima a sua postagem. Parabéns.
Abraços.