Água
da pia
Mão na garganta tentando suavizar
outra mão invisível apertando,
as notícias vem e vão faltando,
com o coração, lutando contra o mundo
no fundo é só a cabeça, esquentando com o que não se pode
esfriar
não entendemos, esqueça, tudo pode mudar,
lembra daqueles filmes? Só se entretenha, é coisa de cinema,
ator e diretor,
ação, cena a cena, dor, ficção, poucos estão assistindo, o
controle ninguém inventou,
aliás, há a invenção, mas não passa disso, uma reação, a vida
seguida de vidas,
um minuto, cem anos, amanhã já nasceu de novo e a água da pia do
banheiro vem com o mesmo sabor: continuar.
ÀS
08h25, Rafael Belo, quarta-feira, 11 de setembro de 2013).
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