quinta-feira, outubro 17, 2013

impreciso



impreciso
 
Lá para o céu, todos olhavam
ritmados pelo zumbido sem fim
não havia nada naquele branco papel, mas buscavam

era incômodo aquele barulho reunido de tantos insetos
brilhavam todos os olhos, iluminando o teto

tudo mais era escuro, uma noite desaluada, desestrelada,

sem horas, só aquela chuva suicida, daqueles pequenos nadas
enquanto os nada grandes, se apequenavam de impotência

apagaram os olhos e ficou só o som
não sabiam se era sinal ou ruído, nem se era preciso dizer se era mau ou bom.

(às 09h08, Rafael Belo, quarta-feira, 10 de outubro de 2013).

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