segunda-feira, julho 16, 2018

Disseminando o ódio







por Rafael Belo

Todo mundo quer ser livre. Mas, ninguém quer arcar com as consequências da liberdade nem com os contraditórios limites, mas se houvesse o mínimo de bom-senso, ao menos o que não gostaríamos que fizessem conosco não faríamos com ninguém. No entanto, somos ensinados a vencer, a conquistar, a ser o melhor independente do outro e acabamos focando apenas nos nossos direitos. Avançamos atropelando corações, corpos e individualidades.

O ser humano desrespeita particularidades e reforça a diferença dos gêneros, ao invés de reforçar a igualdade. Neste mundo patriarcal, machista, egoísta e ignorante os preconceitos estão em toda parte assolando a todos, principalmente, o sexo mais forte. Disseminando o ódio e o desamor. Assediadas o tempo todo, as mulheres não têm paz. Não há respeito. É uma perturbação constante já somando a luta diária por salário justo, tratamento por igual, reconhecimento geral onde não deveria haver qualquer diferença relacionada ao sexo oposto que incentivado se tornar chulamente mais idiota, babaca e nojento.

Homens pensam ser machos e querem tratar as mulheres como fêmeas e seguem agindo como animais... Poucos têm consciência da falta de obrigação com qualquer coisa que elas possuem. Elas podem tudo. São maioria, nós somos minoria. Vejo e vivo isso minha vida toda. Minhas avós, minha mãe, minhas irmãs, minhas sobrinhas, minhas primas, minhas tias, minhas ex e todo tratamento injusto permeado em piadas e em séculos de opressão... Nossa sociedade separou homens e mulheres em coisas que um deve e outro não deve, que um pode e outro não pode... Tornando “normal” algo que nem deveria existir...

Se somos todos iguais perante a lei, tudo deveria ser revisto para naturalmente nos tratarmos todos como seres humanos. Ao menos ensinado, reforçado porque sem isso, ao invés de nos fortalecermos, nos enfraquecemos com atitudes e atos assassinos alimentados por uma cultura falsa colocando as verdadeiras provedoras do mundo como submissas, as estigmatizando, as quebrando, as estuprando, as matando, e a maioria das vezes vêm de pessoas próximas e de laços familiares. Como confiar sequer em um abraço desta forma?

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