por Rafael Belo
Atitudes destrutivas obviamente destroem. Não só o destruidor, mas todo o ambiente ao redor. Criam rejeição, afastamento, todo um lugar de culpa e dor. Um verdadeiro espaço insalubre dentro de nós mesmos. Coletivamente é onde se visita para se alimentar muito mas mal, semear a discórdia, deixar livre e forte a raiva e o rancor. Permitir a concretização disto sempre aliado a sentimentos negativos e a destruição só faz a multiplicação destes flagelos… A proliferação destes males é ideal para a decadência e a lamentação.
Este mal estar concreto é atrativo, é um ímã para quem se sente da mesma forma e quem se sente totalmente o oposto cai na armadilha de se afastar, de se permitir ficar em um pensamento ruim, em um sentimento negativo… Este coletivo atual está impregnado no Brasil e no mundo porque habita nosso lar. Nossas casas estão divididas. Nossos lares estão devastados. Permitimos a intriga, o egoísmo e o material resultar em desunião. Estamos desunidos até na união...
Há interesses egoístas quando grupos se reúnem. O propósito de compartilhar, dividir e crescer se transformou em mera exibição, palco, demonstração de força, curtidas… A união de fato desacontece. Deixou de acontecer porque perdeu o significado de coletividade, de auxílio e justamente de dividir o pão. Pelo contrário… Parece que ficamos ávidos por nos reunir para falar mal de alguém… Quer dizer apontar "defeitos", falhas de caráter, coisas fúteis como erros de pronúncia ou vestimentas e coisas particulares como relacionamentos...
Não procuramos ajudar. Procuramos dar holofotes e os 15 minutos de fama daquela situação. Escolhemos filmar, tirar foto, rir, julgar… Dizer sobre a colheita, o merecimento disso, de seja lá o que for que esteja acontecendo com a pessoa é resultado de algo que ela fez ao menos que sejam vitórias, conquistas de felicidade e bens materiais aí muda. Falamos que foi feito algo de ilegal ou imoral. Depois nos perguntamos: como nasce a desunião?
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