folhas são palavras escravas do amargo dos lábios
queimando a língua diluída em pimenta, ninguém aguenta
mordê-la mesmo em pedaços vários,
e sangra rancores em ouvidos desavisados, pavores vagos,
espalhando veneno em um jogo, “autopirofagia” de um fogo-fátuo
alimentado por almas corrompidas, pela própria ida da vida à
gosto
descida do oposto de provérbios,
perto da seriedade onde ninguém é sério, além do instante e
faz questão aviltante de um óbvio picante refrescando os olhos dos outros.
(Rafael
Belo, às 10h42, segunda-feira, 20 de outubro de2014).
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