As superstições nos rodeiam e não
acreditar nelas também nos cercam, mas o poder mesmo está nas palavras. Se te dissessem
que podíamos voar quando crianças acreditaríamos? Quais seriam as
consequências? Este é o enredo grandioso de Passarinho de Crystal Chan.
Quando voar acaba em queda e a
queda em morte toda uma família vive de segredos, meias palavras e silêncios. Quão
doloroso pode ser nascer no dia da morte do irmão? John, Passarinho, faz sombra
na vida de Joia mesmo anos depois de morto. A dor e a falta de esclarecimentos
podem mudar muitas vidas.
Amizade, Amor, luto, superação e
descoberta são os ingredientes espalhados em 222 páginas neste romance de
estreia da multicultural Crystal Chan. Uma leitura gostosa que nos prende em um
enlace do qual não queremos nos desatar e seguimos devorando levemente a
intensidade dos personagens de Chan. Provavelmente este caldeirão étnico traz
este ineditismo literário para nós.
Por isso, recomendo uma entrega
total a Joia e a narrativa em primeira pessoa nos levando a mente iridescente dos
12 anos. Há inexperiência, evolução e muita beleza para nos sensibilizar (quem
sabe chorar, nos identificar?) com a caracterização de comportamentos dos quais
não estamos acostumados a ler por aí, mas o livro poderia ser melhor
trabalhado, principalmente no início. Mas, apenas escrevo: vale a pena ler.
Joia, uma
menina de 12 anos, afirma ser “metade jamaicana, um quarto branca e um quarto
mexicana”. Ela tem a vida marcada não apenas pela falta de uma identidade
cultural, como também pela ausência do irmão, que morreu no dia em que ela
nasceu, e pelo silêncio de sua família.
uma história
sobre crescer em uma família de diversas origens étnicas em uma pequena cidade
no interior dos Estados Unidos. Na internet, a escritora faz parte de
uma campanha em prol de livros que tratem de diversidade cultural, pois, de
acordo com ela, há muitas histórias assim mundo afora e nem todas são ouvidas. Passarinho será lançado em 21 de junho.
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