minhas
palavras se enroscam na língua, atrapalham-se na boca e ficam atrasadas no
papel
tentando
acompanhar o raciocínio do pensamento solto, vão em enxurradas de movimento até
onde me avistei
vistei
meu nome e revisitei meu eu passado, ultrapassado de tudo que já falei
encosto
no meu marco, saco novos versos daquilo ainda não rimado, remado como barco
pela
enxurrada do atropelado, inundado pelo tsunami cotidiano adiando maremotos
me
afundando em mim, cheio de infinitos tortos... e eu já não me acompanho,
colhendo as flores deste jardim absoluto, me apanho feito aroma, pelo nariz
tudo
que fiz,
exatamente
há um minuto,
já
está de luto... [É alguma boa prima, do ressentimento] Há novas rimas, morrendo
e nascendo.
(às
16h32, Rafael Belo, quarta-feira, 11 de junho de 2014)
Nenhum comentário:
Postar um comentário