quinta-feira, junho 05, 2014

sentado

                                                               
vou sentar na sombra, para preservar a nova onda,
de frio aqui dentro em ronda [caminhando por aí sem acordar
sonambulando sem respirar] elaborando uma sonda

me aquecendo de lamentos, alimentando gelo com palavras

transformando sentimentos floridos
em flores murchas, despedaçadas

levando feridos, para a máscara descarada

[escancarada ]a sombra senta em mim
suga a raiva guardada para si, leva a primavera do meu jardim,
traz a invernada/e o orgulho já não é mais nada.



(às 12h37, Rafael Belo, segunda-feira, 02 de junho de 2014)

Nenhum comentário: