não há
tempo no agora apenas a contada história
uma
trajetória de minutos absolutos na realidade alterada
hora
marcada na dor de cabeça ventada da puxada memória
glória
no ajoelhar agradecer o rápido passar da jornada
devagar
se vai ao longe até ser muito jovem o falar da senhora
nós somos
o alongar do agora na tempestade da vitória
construímos
cada centímetro do degrau dolorido da única escada
riscada
à mão em rascunho amassado nossa subida ilusória
trajetória
sacada de repente no meio da escalada provisória
acúmulos
de agoras infinitos rasgando o tempo com mitos despedaçados no grito do tempo em
cada hora parada.
(às 01h12, Rafael Belo, quinta-feira, 25 de agosto
de 2016).
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