Sempre
acordado...
por
Rafael Belo
O
gigante chamado Brasil, nunca adormeceu. Ele apenas se viciou em seus
mandatários, em seus troca-trocas para alimentar o poder. As mudanças vindas de
cima para baixo e mascaradas como desejo da população, a que não é ouvida - não
de verdade – sempre favoreceu aqueles que nunca precisaram de favorecimento. Por
isso, a desconfiança é tão grande e as intenções por trás de cada ato político
dos políticos eleitos sempre vêm repletas de especulações, ainda mais em
véspera de ano eleitoral. Se bem que isso é basicamente todo ano.
A
prisão dos mensaleiros, o material para desacreditar os julgadores, a mania de
vitimizar e culpar brasileiras vieram, claro, da História e das estórias Dela.
Situação ou oposição há sempre um batalhão na frente das guerras políticas para
defender quem o afaga e outro para atacar. Os cargos e o poder são amarras e
mordaças suficientes em uma época na qual os valores estão cada vez mais
desvalorizados. Mas, seria hipocrisia dizer que o gigante dorme. Está acordado
ainda entalado com a distribuição dos cargos nobiliárquicos distribuídos para
silenciar amantes e “heróis”. O que, de acordo com Laurentino Gomes em 1889,
equivalia a 75% dos cofres públicos cada barão, visconde, conde, marquês e
duque feito na cama, a tiros ou a interesses
Outros
levantamentos de Laurentino são sobre o monarquista Manoel Deodoro da Fonseca, o
Marechal Deodoro, que virou republicano no dia que José do Patrocínio vendo que
a tão sonhada república não seria declarada, reuniu vereadores e assinou à
dita. Em uma época onde os militares eram profundamente positivistas e
acreditavam na ditadura para resolver o Brasil. O marechal dizia que se tornou
republicano no dia e seu irmão, Hermes da Fonseca no dia 16. Antes queria pegar
em armas para acabar com a revolução. A população, então, coitada, foi a última
a saber. Via o desfile militar e achava que era uma comemoração cívica.
Enfim,
nosso gigante acordado acaba manobrado pelas boas intenções, pelos favores
eleitorais, mas nada disso tira ou diminui a feitura da Justiça porque os
peculatários profissionais acabam sim com uma "rusguinha" de preocupação. Podem até
ter o regime semiaberto, a prisão domiciliar, mas alguém já reparou na situação
físico-psicológica destes antigos manipuladores de títeres? Agora os fantoches
são eles ou continuamos sendo as marionetes levadas a toda forma de pão e circo,
controlados pelas pílulas controladas de Justiça fornecida para nós pela mídia?
Ou, então, somos nós eternos gigantes adormecidos em uma prisão política.
2 comentários:
Estimado, Rafael Belo.
Bom dia.
Precisamos passar a limpo, o Brasil. Mas, para isso, precisa-se não mais jogar para além do tapete, outros apaniguados. E como existem apaniguados demais, cada "republicano", esconde-se como pode. Existem até, aqueles que enfeitados de puritanos, acenam à patuleia, e este embriagada em suas tolices, sorrir e bate palmas. Abraços.
é precisamos nos libertar de nossas prisões meu caro nobre amigo. Obrigado!
Postar um comentário