No
chão de folhas secas me camuflava
saltitava
feito passarinho em folia
tirando
folga do restante da passarada
não
precisava das minhas asas para ser o céu
não
perdia os sentidos, os amplificava
onde
tamanho não importava era o próprio arranha-céu
mas
não arranhava nada, só passava
nada
de passinho em passinho passar passarinho
passados
passarão antes de todos que passam
imagino
um corpo sem posses sem passos sem passes
pois
posso passar rapidinho ou deixar o infinito chegar.
(às
00h40, Rafael Belo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015).
Um comentário:
Que texto lindo,suave...adorei...mamys
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