Falta luz, falta água, moradia,
transporte digno, preços justos e acessíveis, infraestrutura, vergonha na cara,
sobram impostos, ferida que não sara, e demais tributos no meio do caos
generalizado do nosso Carnaval. Não importa a origem do dinheiro, este bacanal,
o brasileiro precisa extravasar... Necessita do turismo sexual explícito e
velado, para acalmar, afinal para explicar qualquer coisa basta dizer: É
Carnaval.
A maior festa do planeta
como a Copa do Mundo, aproveita, e as Olimpíadas bancadas por todos os
brasileiros, “sem qualquer” prejuízo financeiro, só vantagem aumentando um
pouquinho a malandragem e nossa querida corrupção do dia-a-dia nacional. Por isso,
precisamos da folga, esta velha folia constantemente nova para nossa alegria. Porque
o pão e circo nunca vai acabar...
Aliás, folia é isto. Uma
folga ruidosa, um divertimento, uma brincadeira, farra jocosa? ... Mas, na
beira do precipício é ver a global cobertura carnavalesca, bela sim, criativa
sim, mas a que preço? Ver jornalistas padecerem nas piores perguntas forçadas,
descerem na avenida lotada e “perguntar” para a gente “enfoliada” questões
esvaziadas enquanto os analistas, especialistas se repetem nos profissionais comentários...
Como bêbados inflamados a correr de olhos vendados.
Mas, quem não gosta de
descansar e se divertir? Estar um efêmero ser amado? Não importa o preço, o
porvir. A festa da carne é o fim para um recomeço quando o ano começar. Gostaria
de ser mais nostálgico e recordar com sorriso bobo, mágico dos bailes de
carnaval aos quais meus pais me levavam, dançávamos marchinhas e enredos de
escolas de samba, mas nós, gente bamba, vamos cair no axé, no samba e nos
embebedar porque carnaval, futebol... não
mata, não engorda e não faz mal... Assim a vida é. Será?
2 comentários:
Muito bom! Já tava com saudades!mamys
Olá, Rafael.
Passei para lhe desejar, um dia de Segunda Feira, agradável, e um Tempo de Carnaval extraordinário.
Um abraço.
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