domingo, outubro 25, 2015

Desenterrando o gigante (resenha)


Uma década de vida faz de uvas vinho do melhor quando se trata de um grande escritor, Kazuo Ishiguro acordou o Gigante Enterrado com uma antiga árvore sem folhas na linda capa azul espalhando esta cor para as laterais das páginas que nos encanta do início ao fim de seu belo romance fazendo com que Axl, Beatrice, Horácio, Sir Gawain, Edwin e Wistan façam parte instantaneamente das nossas vidas.

Já é um dos melhores livros que li na vida penetrando nas sua mente nas primeiras frases: “Você teria que procurar por muito tempo para encontrar algo parecido com as veredas sinuosas ou os prados tranquilos pelos quais a Inglaterra mais tarde se tornaria célebre.” Kazuo pega nas nossas mãos como um amigo querido nos levando a acompanhar a saga do casal de idosos e a importância do esquecimento.

Uma terra pós Rei Arthur onde seu sobrinho, Sir Gawain, é um velho cavaleiro de armadura cavalgando em Horácio seu fiel amigo. Vamos nos embrenhando nesta névoa magnífica levando as lembranças desta era medieval onde o agora é vivido aos tropeços em uma trama escrita como histórica (e vai ficar para a história) onde a dragoa Querig é temida e crucial neste enredo.

Qual o verdadeiro papel do cavaleiro e do estrangeiro guerreiro Wistan? Este fantástico romance quase nos torna o barqueiro e sua função de atravessar o rio e o mar recheado de amor, amizade e valores. Uma coisa é certa, sobre esta obra-prima: é impossível tirar narrativa e personagens da cabeça e igualmente improvável querer terminar a leitura. A vontade é nunca parar de ler O Gigante Enterrado.

Se fosse você daria um jeito de ler este livro agora porque tudo o que quero é lê-lo novamente.

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·        Autor: Kazuo Ishiguro
·        Livro: O gigante enterrado
·        Copyright 2015
·        Título: original The Buried Giant
·        Capa: Pedro Kastro
·        Tradução: Sonia Moreira
·        Ficção inglesa – Escritores japoneses
·        Editora: Companhia das Letras

·        396 páginas
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