Mudam muitas murchas nuvens
no horizonte
adentram meus olhos ao
hesitante defronte
onde sorrisos se espalham
perdidos em instantes
trovejando ecos no peito na
névoa da vazão
cobrindo o labirinto da
razão com corado coração
materializando milagres movidos
a manifestação
mareando
navegantes caminhando sobre as próprias águas
marejando o lacrimejante
olhar viajante
chorando chuva concomitante
coexistindo
paralelamente com outros
indivisíveis simultâneos
na lágrima caída acordada
com a chuva escorrida
das nuvens apertadas em
minhas mãos que sonham.
(Às 22h01, Rafael Belo, quarta, 28 de outubro de 2015)
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