sexta-feira, outubro 23, 2015

Não há retornos


Andar em São Paulo não é fácil. Também não é difícil. Certo, certo é contraditório. Se você se informar bem, planejar seus roteiros, confirmar as informações levantadas e não confiar em qualquer rota do Waze (que aliás não tem culpa da nossa “inocência”) você chega em qualquer lugar. Mas, é interessante perguntar as direções e receber inúmeras respostas.

Elas vão do local exato até o básico medo de responder e aquela balançada de cabeça leste/oeste perturbada, desconfiada e com um leve “me deixe em paz”. Sem segurança alguma você segue pelo labirinto paulistano. Se hoje poucos jornalistas cumprem seu papel de consultar diversas fontes, imagine quem tem piso salarial?

Já me perdi tanto e perguntei em dobro em São Paulo. Entendi que as pessoas só conhecem a própria rota e olhe lá, um desvio pode custar horas sem um retorno porque se há um lugar onde seguir é obrigatório ser em frente é aqui. Tirando a Avenida Paulista não há muitas linhas retas por aí, então em frente é sinônimo de muitos desvios.


Mas não retornos... Porque querendo ou não, não há volta e para não ficarmos dando voltas até tontearmos em nós mesmo... Só há o adiante, a próxima chance e se não soubermos conquistar precisamos aprender urgente mesmo sendo herdeiros, coisas materiais tem prazo de validade, nós também e as respostas que obtemos fazem nossas direções.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom! Retrato perfeito de Sampa! Mamys