Bati
em uma superfície que fez som de passagem, fui me escorando até encontrar algo
gelado, forcei para baixo e me apoiando a parede senti um lugar mais amplo...
Agora me olhava no espelho. Não sabia meu próprio nome ou onde estava. Por algum
motivo não me importava nem precisaria... Reinventar-me?
Acabara
de nascer. (Antigamente se diria algo como milagre).
Sai
às ruas e não havia ninguém. Estava tudo aberto, porém vazio. Nada de nomes. Nada
era nomeado mais. Foi um dia? Acreditava ser sim a resposta. Vi milhares de
animais... – Eles já estavam ali? Pareciam todos colocando algo na boca e senti
como se por dentro eu imitasse aquele gesto e um rugido(?) surgiu. – Estou com fome?
Aos
poucos percebi: os nomes próprios tinham sido varridos de toda parte. Não existiam
fachadas, placas ou números nem em ruas nem em estátuas. Sem qualquer tipo de
identificação ou localização... Teria acontecido, qual a palavra mesmo? Co...
co... Colapso. Social ou total? Estava cansado
de andar. Senti, uma comoção nos animais. Algo estava prestes a acontecer.
Como
se fosse sincronizado, ou melhor, combinado incontáveis pessoas começaram a surgir
olhando para todos os lados. Típicas características dos perdidos. Não é? Senti
um buraco me sugar para dentro de mim. Estava frio e tenso assim que percebi para onde
eles iam com pressa. Todos vinham em minha direção. Ouvi um grito. Você tem que correr e mesmo cansado corri e corri e...
(Continua... última parte na sexta-feira)
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