quinta-feira, abril 19, 2018

daquele vento derramado




todas as portas se escancararam
as identidades subitamente voltaram
as versões das guerras se calaram
ganharam a hipocrisia dos bastidores

os de repentes se revelaram demorados
vieram de tratores de uma construção sem fim
agora só havia um eu em mim desagrilhoado

todos as minhas paredes viraram aberto camarim
aqui estou exposto como Arlequim da vida embriagado

tão lúcido quanto o despertar gelado daquele vento derramado pela porta aberta passando pelo labirinto insensato fácil alerta de passar pela percepção e libertar a emoção.

+às 11h30, Rafael Belo, quinta-feira, 19 de abril de 2018+

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