por Rafael Belo
Não procuro versões de ontem ou de um amanhã que nunca existirá porque ou será novo ou repetição. Esta é uma guerra perdida, como todas… É nesse limbo que a identidade permanece em greve. É aí que tudo vira loopings e enjôos. Eu sou minha porta. Sou o portal, a porta e a passagem. Caminhei até aqui. Não corri, nem parei…. Vim porque descobri há muito tempo a necessidade de deixar para trás o que pertence ao passado. Era isso ou ficar parada na porta observando …
Eu quero participar. Fazer parte. Fazer do meu jeito o melhor. Este tal mundo melhor sempre precisou de clareza, de delicadeza como a minha sqn… Não sei nada sobre delicadezas, nunca foi minha especialidade… Prefiro esperar um pouco mais a ser delicadeza porque não sei como ser. Também não tenho interesse de sê-lo. Mas não sou referência. Sai fora. Prefiro agir do que está falatório todo de agora. Eu sei como cheguei até aqui. Valorizo, mas agora é pra frente. Não vou ficar contando meus passos como especiais, miraculosos, fodásticos… Sou drástica como uma bomba.
Esta onda de carregar o passado, desculpar a personalidade culpando o signo é preguiça de evolução. Não é fácil seguir adiante, mas, cara, é muito mais difícil se manter nesta tentativa de zona de conforto. Estamos todos tortos. Olha só! Carregando sentimentos imundos… Precisamos de limpeza. Cada um tem a sua natureza, mas está umbigologia me irrita. Tá! Faz mal só pra mim eu sei, mas estou tentando não me irritar, passar por mim, até me levar e parar quando precisar respirar.
Quer saber?! Chega. Vou fechar estas portas e profissionalizar a versão oficial… Não! espera! Qual a validade disso, afinal? Melhor pensar direito… Eu caibo onde eu me propor a caber. Sou além. Sou portais para onde eu quiser ir e portas para ficar aberta, às vezes desatenta, mas alerta… Humm pensando bem vou derrubar estas minhas portas… Nunca fui fechada e a ideia delas é para proteção, tirar e dar acesso. Os muros vão cair também. Não quero divisões. Quero diversões e liberdades. Minha personalidade deixa de ser promíscua para me agradar e a outrém. Vou entrar agora, mas veja bem: daqui a pouco tudo isso pode mudar. Você fechar a porta e… Opa! Me perdi!
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