ando fingindo demência
diante de tanta carência
e toda esta ausência escancarada
há uma urgência adulterada caindo
em desespero
no apego ao despropósito da egoísta autopreservação
em um encolhimento repleto de sensações contraditórias
nas filas aleatórias das decepções tomadas em cápsulas
um mundo de lástimas multiplicando vazios com dissabores
preservando dores embebidas na embriaguez de motivos
neste mundo relativo repleto de excesso de exageros
usamos o tempero no superlativo da escassez
na falta de lucidez e coração
ficamos juntos por razões contrárias
separados por desrazões que deveriam nos unir
como não se espalhar em migalhas aos famintos pássaros?
nossos laços ficaram vagos tralhas desaparecidas em extinto existir.
+Rafael Belo, às 00h15,
terça-feira, 12 de junho de 2018+
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