Choro
e brilho
a
cada dia uma lágrima e um sorriso
um
pouco menos de roupa, a retirada de um tijolo
um
misto de choro e riso
a
descoberta de um eu tesouro, um olhar gostoso, um passo para o paraíso
de
hora em hora a derrubada lenta do muro assíduo, um oceano todo contido
um
picolé lambido, um sorvete derretido, o
frio arredio e todo um lavar da calma
o
bater de palmas no caminho do arrepio
depois
o primeiro pio da alma e então o canto
para
todo espanto espanar, ir levando a poeira
lavando
o corpo, estendendo a beira, deixando o todo novo... Um novo brilho.
(às
18h35, Rafael Belo, segunda-feira, 14 de abril de 2014).
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