Toda
as pessoas tem um segredo. Pelo menos deveriam ter. Não me entendam mal. Nada de
crimes e castigos. Algo pessoal e intransferível. Cria um ar de bom suspense. Transmite
uma aura particular. Mas se perdem por aí pelo próprio enredo. Acabam perdendo
todo este segredo do “eu”, de quem são. A eterna busca, no meio do ser ou não ser, eis a questão, de quem somos.
Tudo a ver com personalidade e limites. O meu segredo literário é não
gostar de autoajuda, porém sempre dar chances aos outros gêneros. Mesmo assim,
me surpreendi com Liane Moriarty e
seu best-seller O segredo do meu marido.
Certo, ele é número 1 do The New York Times,
mas poderia ser apenas razoável. Como ler uma pessoa pelo corpo, gestos, falas e
dizer ser possível defini-la.?Não é. A alma e o psicológico das pessoas são um segredo
só delas. E este livro de Liane, de 366 páginas, tem algo a nos aprisionar até o fim e um complexo
psicológico surpreendentes. Lançado em março
do ano passado, logo subiu aos topos porque é top. Quando recebi o livro me
alegrei muito e ao mesmo tempo desconfiei, mas logo nas primeiras linhas: “Foi
tudo por causa do Muro de Berlim...” Senti
o toque da alma da autora. Torci para continuar neste ritmo e foi além.
Segredos
envolvendo mais de uma pessoa acabam sendo revelados mesmo velado como a Caixa
de Pandora e utilizado para isolar e dividir como o Muro de Berlim. Meu nariz
mal ficou torcido e já descobri uma autora com o dom da palavra escrita. Você se
comove e se entranha nas história dos personagens. Eles são tão familiares quanto
nossa família e agregados. É como se conversássemos com Cecília, John-Paul, Rachel,
Tess, Connor, Will, Felicity, Rob, Lauren... Janie... E fizéssemos aquela
bagunça nos cabelos de Liam e Jacob odiada pelas crianças. Claro, Isabel, Esther
e a apaixonada Polly, filhas de Cecília, são um trio a parte. Principalmente, Polly...
Todos
os limites são testados e o segredo relaxa e contrai enquanto outros segredos
cintilam pelo enredo. Estamos sempre no limiar como se houvesse naquelas linhas aquele
tom genial de Stephen King e Neil Gaiman. Quando outra caixa de Pandora é
aberta um novo Muro de Berlim é construído e as consequências são inevitáveis
porque quando não se pontua corretamente o passado, ele te alcançará onde você estiver e for.
Sinopse
"Cecilia Fitzpatrick encontra no sótão de casa uma carta escrita por seu marido. Seria algo corriqueiro, não fosse uma anotação bastante intrigante no envelope: “Para ser aberto apenas na ocasião da minha morte.” Apesar da recomendação, ela resolve abrir a carta e se vê obrigada a lidar com uma revelação avassaladora. O segredo do seu marido, John-Paul, atingirá não só seus três filhos e um longo e sólido casamento, mas também a vida de outras duas famílias. Cecilia agora precisará fazer uma escolha: optar pelo silêncio e permitir que a verdade corroa seu coração ou revelar o que leu e magoar profundamente as pessoas que mais ama."
"Cecilia Fitzpatrick encontra no sótão de casa uma carta escrita por seu marido. Seria algo corriqueiro, não fosse uma anotação bastante intrigante no envelope: “Para ser aberto apenas na ocasião da minha morte.” Apesar da recomendação, ela resolve abrir a carta e se vê obrigada a lidar com uma revelação avassaladora. O segredo do seu marido, John-Paul, atingirá não só seus três filhos e um longo e sólido casamento, mas também a vida de outras duas famílias. Cecilia agora precisará fazer uma escolha: optar pelo silêncio e permitir que a verdade corroa seu coração ou revelar o que leu e magoar profundamente as pessoas que mais ama."
2 comentários:
Olá, Rafael.
Os meus desejos de uma semana positiva. Com muita luz, paz social, e crença no que possa fazer-te, seguir adiante.
Abraços.
Os segredos....ah esses...as vezes tão dificeis de revelar.mamys
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