por Rafael Belo
Todos
os tipos se misturam invisíveis nas multidões da cidade... Bem tipos não, né?! Personalidades,
indivíduos, pessoas, cada um possui características únicas mesmo se forem
cópias de outros sujeitos. É impossível soar e pensar exatamente como outro ser
humano e separar um por um em religião, política e futebol... Gestos e gostos
são tão individualizados a ponto de não identificarmos qualquer origem.
Mesmo
assim, há estereótipos espalhados por todos nós nos identificando etiquetas. Não
de marcas, pelos menos não exatamente,
mas não é nosso nome de batismo diria
Drummond. Aliás, Carlos Drummond de Andrade terminaria nos falando eu sou a coisa, coisamente. Vendemos imagens
gratuitamente, ostentando nomes nos pés, roupas íntimas, calças, camisetas, celulares,
selfies... Tudo enfim...
Da
mesma forma julgamos separando pessoas por sexo, idade, jeito, gesto, erros...
Preconceito? Com certeza. A hesitação, a dúvida, a indiferença, a superatenção,
o pensar superior, o fazer mais correto, o dizer melhor, a maneira mais certa
de se comportar, o adequado, o inadequado, estas nossas palavras afiadas
atiradas jazendo tão enferrujadas nos pensamentos, na língua envenenada...
Talvez
na lua desfocada na noite... Morremos e matamos com vírgulas e certezas
inexistentes diariamente. Temos frases prontas sobre os diferentes sexos, outras
orientações sexuais, as inúmeras origens, as diversas religiões e não somos
todos seres humanos? Por incrível que pareça somos. Apesar
das atrocidades, genocídios, das guerras por ganância, religião...
Não faz
tanto tempo um povo escravizava (??) o outro e nem conhecíamos a existência de
um país vizinho, mas em seguida juramos por Deus que os nascidos e descendentes
da África não tinham alma... Então, onde está nossa alma?
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