por
Rafael Belo
Eu
sou cinéfila. Sempre me imagino participando de um filme com a trilha sonora do
Paralamas do Sucesso. Sabe aquela música, Ska? “ A vida não é um filme você não
entendeu...” Então, Eu, Cineli Film, sou fã das ironias da vida. Adoro um
paradoxo e vivo dizendo ser uma contradição ambulante. Aí me questionam: não é metamorfose
ambulante? . Véi! De boa
mesmo! Não corrige o que você não sabe. Eu gosto do Raulzito, mas estou falando
da minha vida. Eu prefiro ser uma contradição ambulante. Aliás, os filmes me
levaram a leitura. Sabe? Queria saber de onde vinham as inspirações e tal.
Mergulhei
de vez neste mundo e não, eu não espero fidelidade cinematográfica a tudo
literário. São universos totalmente diferentes. Tudo isso me ocasionou esta
mesclagem linguística. Eu adapto minha língua a qualquer tribo. Gosto, claro, de
passear por bocas... Esta ficando muito íntimo isso... Comecei a escrever para
dizer não ao Um Dia de Fúria. Sabe? Aquele
clássico do cinema? Enfim, assista. Voltando... Eu não vou permitir ninguém
interferir na minha paz. Não mesmo! Nem pensar! Pode ser o patrão, o chefe, o
dono... O Batman com capa e tudo. Não venha gritar comigo.
Foi
meu pensamento imediato quando aquele stalker
frustrado começou a dar like e
encher de smiles minhas fotos nas
redes digitais. Fiquei puta. Aí comecei a pensar melhor. Cara! Não! Sai fora! Me
deixa! Fica na sua! Quando ele segurou o meu pulso e me levou para frente do
escritório falando absurdos e desaforos eu imediatamente peguei meu celular e
liguei a câmera. Olhei para todos os lados em busca de apoio físico ou até uma
palavra e nada. Mas eu levantei meu celular junto com a luz do flash para não
perder nenhum detalhe. Apontei para meu pulso onde ele segurava e ele hesitou.
Olhou
ao redor e todos agora faziam como eu. Ele passou a gritar ensandecidamente: demissão!
Estão todos demitidos se não baixarem estes celulares e apagarem este vídeo!
Agora! Vocês têm três segundos... 1... 2... 3... Ah, não vão, né?! Ele não tinha largado meu pulso. Agora
tentava tirar meu celular de mim. Começou a me arrastar para tentar tirar o
celular do funcionário mais próximo. Eu estava fazendo uma Live no Facebook. A transmissão atingiu muita gente. Nunca tinha
visto nada viralizar ao vivo... Quando ele apertou mais meu pulso e eu sentia o
latejar das minhas veias... Véi! Não pensei duas vezes! Girei o pulso e com
todo meu peso tirei meu braço e acertei... Bem... Digamos... Ele não terá mais
filhos. Em instantes a polícia chegou e levou o assediador. Eu pedi demissão. Não ia ficar em um lugar capaz de contratar
pessoas perturbadas daquele jeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário