a pátria nos pariu foragidos
divididos na colonizada mente
envolvente ao sistema corrompido
desde outro continente
iminente fogo da eminência na fumaça
densa deturpando a visão
lacrimação virando incontinência
de lágrimas na cortina da decepção
irritação por onde passa fracassa
laça pelo pescoço os enforcados
atados nos elos das correntes
arrastadas e assa quem disfarça os caminhos
nada mais é nu e cru quando se
alastra a fogueira queimando as beiras inteiras
zoeira da zorra zumbindo nos
ouvidos esculpidos avulsos dos rostos de aroeiras
chamuscados adestrados para não
pegarem fogo fátuo de fato em falsos abraços
jogados dados de ninguém porém
braços dados gritados amém convém manipular
há o ar a nos respirar quando nós
o respiramos profundo Todos somos Um só mundo.
+
às 10h04, Rafael Belo, terça-feira, 23 de maio de 2017 +
Nenhum comentário:
Postar um comentário