o tempo para e me olha direto do que fui
do que serei
há uma saudade chovendo lá fora molhando
uma saudade do que nunca tive
ela me abre me revela como uma trêmula
chama eterna no declive
me molha e uma lágrima chora sem nada
acontecer além do tamborilar
talvez eu me incline para tentar
decifrar se é dor ou falta
neste sorriso triste que resiste até as
quedas mais altas
mas que algo decline para eu não trombar atrás
de águas calmas
este mar nos meus olhos só vai se
acalmar quando a alma falar
e o coração sujeito presente do
indicativo a indicar o ritmo para o agora continuar
neste momento a emoção em ondas me pula
sete vezes tremula em maresia as sensações no corpo volta a quem deixou saudade
pela vida inteira e eu sou bandeira estiada até o topo.
+Às
16h43, Rafael Belo, terça-feira, 02 de janeiro de 2018+
Nenhum comentário:
Postar um comentário