por Rafael Belo
As notícias podem nem ser tão novas
assim e certamente não são boas. A abordagem é a mesma e a forma de desenvolver
o conteúdo também. O medo se espalha e nos torna pessoas irracionais,
delirantes e capazes de qualquer coisa. Os bons selvagens sempre retornam.
Aprendemos a nos dar tanta importância que qualquer comportamento diferente do
nosso não só nos desagrada, mas nos torna violentos e queremos eliminar o
acontecido, a pessoa… Imagina?! Ainda nos dizemos seres racionais.
Não sabemos a real gravidade da febre
amarela transmitida apenas pelo mosquito e não pelos macacos sendo dizimados.
Este ano eleitoral vem com novas teorias da conspiração e é certo que quanto
mais informações consideradas pelos poderes negativas forem dissimuladas,
melhor. Esta é uma teoria da conspiração? Enfim, a violência se espalha
gratuitamente e o medo é quem comanda. A desculpa perfeita para não ajudar o
próximo porque ele pode estar mal intencionado.
Qual o resultado disso tudo?
Ficamos extremamente feridos, ressentidos, encolhidos em nós mesmos, carentes e
desaprendemos a Amar. Vivemos pra esquecer. Sobrevivemos mecanicamente
insatisfeitos e ingratos. Vamos feito montanha russa em uma alteração de humor
de minuto a minuto, diária… Só reconhecemos aquilo que queremos e desconhecemos
o restante. Nós sabemos bem ser vítimas e negar… A febre amarela pode matar
tanto mas não mais que nossa ignorância, nossa falta de afeto, de ter a
capacidade de aceitar o outro e não falar da boca para fora o entender.
Somos violentos de tantas formas
diferentes e sempre achamos uma desculpa para ser. Somos sensíveis e também
delirantes. Imaginamos coisas mirabolantes quando tudo pode ser tão simples
como o silêncio ou o início de uma conversa. Não sabemos o efeito que causamos,
mas somos donos de apontar o efeito que os outros causam em nós. Aí volto a
pensar na loucura instalada em São Paulo, nas consequências dos acontecimentos
e o quanto é fácil fazer o foco das coisas mudarem para moldar a massa de
manobra que somos. O pior disso tudo é quando achamos estarmos pensando e
agindo livremente nos tornando ainda mais perigosos.
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