por Rafael Belo
Somos números esperando o atendimento do Sistema Único de Saúde. Filas imensas de pessoas doentes precisando fazer a manutenção da saúde para continuar a se espremer nas engrenagens desta vida mecânica diária. Mesmo quando não há filas evidentes há a espera. Só espera sem saber porque sem quaisquer informações sobre o que acontece, quais e quantos médicos estão ali. Uma ajuda para a morte vir mais depressa.
Sem alerta definido. Uma doença qualquer pode levar a vida enquanto a gente só espera. Ainda aguenta o acúmulo do cúmulo da raiva de um funcionário público guardando patrimônio. Como a mulher filmando a espera e o descaso quando o alterado guarda patrimonial disparou a arma de choque. A mulher só gritava socorro e, foi atendida em seguida para retirar os grampos do choque. Estamos paralisados.
Diria chocados com a repetição de casos assim, mas infelizmente a expressão é de cansaço e tédio. Desta forma acaba aumentando a automedicação ou as consultas clandestinas que muito tem por aqui e por toda parte. Enfim, só a espera e o ambiente doentio agrava qualquer doença a se descobrir depois de horas de espera. Quando o local de atendimento é para toda uma região já distante do Centro da cidade poucos médicos ou apenas um se dispõe a trabalhar, mas e se for segunda-feira?
Com a semana começando desse jeito haja ânimo para se recuperar. Se a consulta ainda for relâmpago sem sequer um toque no paciente… O próximo já está lá. Fora quando o profissional depois desacredita o paciente e o acusa de fingir depois de horas de espera... Quantas podem desistir de atendimento quando se trata de saúde? Sem saúde o que podemos fazer? É triste o cotidiano de quem sofre de algum mal e é apenas mais um número na estatística, outra comparação na tabela, mais uma fria parte substituível do sistema e tudo isso acaba se tratando de dinheiro ou poder. Qual o seu número?
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