terça-feira, novembro 27, 2018

o de repente






a cabeça dói de raiva
as lágrimas travam a enxurrada dos olhos
o estômago revira
a garganta se aperta

a gente espera ser um artigo maiúsculo
sem de verdade escutar o outro
também sem o outro algo dizer

não somos adivinhos
mas insistimos em adivinhar

e de repente o de repente não existe é só um constante acabar.

+Rafael Belo, às 21h53, segunda-feira, 26 de novembro de 2018, Campo Grande, MS+

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