segunda-feira, janeiro 26, 2009

S de solidão

Solidões prolongadas não me são mais

São um tristeza de três dias até aparecer alguém

Estar só é o limite de algo e coisa alguma

Esta solitude é o tédio enclausurado na prisão

Voluntária do jejum de fim de semana

Faminto e sedento de ser sozinho de outras maneiras

 

Há solidão nos pontos de encontro esculpidos nas ladeiras

Da alegria brilhando de repente por olhos contentes

Antes se abandonados ao seu desequilíbrio

Ardente da inexistente perfeição racional

 

Na irracional necessidade solitária de estar

Ausente qualquer presença gera o óbvio

Sóbrio de aglomerações prolongadas

Pelas estadias contínuas das monotonias desta vida

Adoecida pela agonização

 

Das entranhas das estradas para o mesmo destino

Falsificado pelas previsões imprevisíveis dos teus planos eternos

Rascunhados em uma ambição alheia afastada dos outros insistentes

Pela sua solidão onipresente

 

(Rafael Belo) 21h05 – 11.01.09

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