Solidões prolongadas não me são mais
São um tristeza de três dias até aparecer alguém
Estar só é o limite de algo e coisa alguma
Esta solitude é o tédio enclausurado na prisão
Voluntária do jejum de fim de semana
Faminto e sedento de ser sozinho de outras maneiras
Há solidão nos pontos de encontro esculpidos nas ladeiras
Da alegria brilhando de repente por olhos contentes
Antes se abandonados ao seu desequilíbrio
Ardente da inexistente perfeição racional
Na irracional necessidade solitária de estar
Ausente qualquer presença gera o óbvio
Sóbrio de aglomerações prolongadas
Pelas estadias contínuas das monotonias desta vida
Adoecida pela agonização
Das entranhas das estradas para o mesmo destino
Falsificado pelas previsões imprevisíveis dos teus planos eternos
Rascunhados em uma ambição alheia afastada dos outros insistentes
Pela sua solidão onipresente
(Rafael Belo) 21h05 – 11.01.09
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