terça-feira, junho 09, 2015

boiando



enfermidades tropeçam em nossos doentes corpos
sementes frágeis das diversidades na rara flor-de-lótus
nascendo no leste se pondo no oeste não é eficaz a posição dos cardeais
enquanto explode a manhã sem direção para sentir não olhar
nos morde a maça e vamos nos deitar

pastam palavras possíveis pela periferia
espirros tossem no dia-a-dia
alergia virose qualquer diagnóstico precoce

hipnose falsa tentando nos curar
lixo poluindo o curso do rio imune nos pune
ao adoecer estamos lá a boiar.

(Às 00h26, Rafael Belo, terça-feira, 09 de junho de 2015).

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