quinta-feira, junho 11, 2015

sobrevivente do viver



todos os sentidos alertam o tempo está acabando
as forças antes vivas se foram em um suspiro
respiro fraco quase em linha reta nos escombros

o peso do planeta oscila gravemente nos meus ombros
trombo em cada objeto desavisado superficialmente inspiro

espirro as entranhas emaranhadas direto dos sonhos

carentes de alimento estão suspensos mas não morrem
doentes como adoeço ao me distanciar de mim

lágrimas jorram frias gritando não chorem

desmoronem no sofrer que em um arrepio profundo me inundo e vou viver.


(Rafael Belo, às 12h17, quarta-feira, 10 de junho de 2014)

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