todos os sentidos alertam o tempo está acabando
as forças antes vivas se foram em um suspiro
respiro fraco quase em linha reta nos escombros
o peso do planeta oscila gravemente nos meus
ombros
trombo em cada objeto desavisado superficialmente
inspiro
espirro as entranhas emaranhadas direto dos sonhos
carentes de alimento estão suspensos mas não
morrem
doentes como adoeço ao me distanciar de mim
lágrimas jorram frias gritando não chorem
desmoronem no sofrer que em um arrepio profundo me
inundo e vou viver.
(Rafael Belo, às 12h17,
quarta-feira, 10 de junho de 2014)
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