por
Rafael Belo
Ainda estava revoltada quando saiu xingando o
primeiro a medi-la. Acúmulo de funções,
desrespeito às normas trabalhistas, carga horárias excessiva, sem horas extras,
nada de banco de horas, vale-alimentação e vale-transporte, autoritarismo...
Que empresa continua crescendo desta maneira? E lá foi ela fazer empréstimos e ajudinha para
mostrar como fazer direito. Depois de se dar mal várias vezes, aprendeu e criou
a empresa infantil de sucesso País
Maravilha.
Aquela
era a milésima fila quilométrica enfrentada por Alice País. Milhares de
desempregados como ela... A maioria homem... Será que isso significa que eu deveria ficar em silencio quando
assediada e ter um salário menor comparado ao sexo oposto... Claro que não! Significa
que o sistema de emprego dos anos 1950 não funciona mais há décadas. Era só o
que me faltava... Lá vinha o amanhecer e ela estava desatenta.
Medida
por aquele bando de desempregados, Alice se sentia mais uma vez incomodada. Não preciso ser um par para ser feliz e se
meus pais ou alguém perguntar de um namorado inexistente affe. Finalmente ela era a próxima. Precisava trabalhar,
mas estava todos demitindo e não contratando. Na hora de responder as questões
ela já não sabia mais qual cargo estava disputando mas...
Foi
admitida naquele lugar. Era para começar imediatamente e a pergunta era se
podia pensou sem demora Claro que não!!,
mas não estava em situação de negar e disse Claro
que sim!! Não tinha perguntado o salário,
porém estava tão endividada... Nunca havia ficado desempregada na vida e agora
isso... Foi por oito horas exatas. Quando se preparava para ir embora a dona do
jornal (ah, sim era um jornal) Gritou: “Estagiária não tem hora para ir embora
não no meu jornal”
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