há uma luz pairando no ambiente a
gente a sente ela sente a gente
é uma corrente livre soprando
para longe tudo que dói
convoca às artes cada um dos
nossos heróis
mártires diários da vida atrevida
fiando a corda que a gente rói
quantos sóis nascerão em nós até
entendermos nossa alma pura?
apura o olfato atenta os ouvidos
feche os olhos morda os lábios sinta na pele
sele coração cele vento se eleve
quanto leve liberte lentamente o selo rompido
quando a música se revelar cante
há músicos a nos brindar com um implante a coçar
está no ar acariciando atrás da
orelha traz o infinito do encontro com o horizonte e o mar
a cela psicológica não tem mais
lógica solte o vento vá voando junto
até a terceira pessoa passar para
segunda e ser primeira eu nada serei tudo.
(às
12h31, Rafael Belo, terça-feira, 13 de dezembro de 2016)
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