terça-feira, dezembro 13, 2016

Pessoas (con)julgadas



 há uma luz pairando no ambiente a gente a sente ela sente a gente
é uma corrente livre soprando para longe tudo que dói
convoca às artes cada um dos nossos heróis
mártires diários da vida atrevida fiando a corda que a gente rói

quantos sóis nascerão em nós até entendermos nossa alma pura?

apura o olfato atenta os ouvidos feche os olhos morda os lábios sinta na pele
sele coração cele vento se eleve quanto leve liberte lentamente o selo rompido
quando a música se revelar cante há músicos a nos brindar com um implante a coçar
está no ar acariciando atrás da orelha traz o infinito do encontro com o horizonte e o mar

a cela psicológica não tem mais lógica solte o vento vá voando junto
até a terceira pessoa passar para segunda e ser primeira eu nada serei tudo.


(às 12h31, Rafael Belo, terça-feira, 13 de dezembro de 2016)

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