quinta-feira, dezembro 01, 2016

Só se



não há muros entre nós estamos expostos e desatados
a fragilidade tão minha também é sua onde não há fortalezas

a pele da raposa foi vendida as uvas pisadas pela vida

vamos pelo tempo acelerando os minutos atrasando envolvimentos
desastrados momentos quebrando detalhadamente certezas

com as mãos de tantos quais digitais somos nós?

falhas se revelam futuros acertos nos tropeços passados hoje a nos equilibrar
somos imperfeitos feitos das nossas ações perfeitos sujeitos da criação a se criar
efeitos da reação das rachaduras rindo regularmente no rosto

só se saborearmos o experimentar saberemos o gosto.


(às 07h04, Rafael Belo, quinta feira, 1º de dezembro de 2016)

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