por
Rafael Belo
A
gente liga a tevê, presta atenção em uma conversa, anda pelas ruas, liga o
rádio, vai a algumas festas, vai estudar, vai trabalhar e o assunto sempre é o
mesmo: corrupção. Pouco tempo desconectado ou sem assistir televisão e já é o
suficiente para um dramático acontecimento novo e desdobramentos. Infelizmente mais
do mesmo, porém é uma exposição mundial e... Não é o nosso assunto aqui porque
não se trata de lado A e lado B, da Polícia Federal, dos políticos e nem da
corrupção nossa de cada dia. Quero saber uma coisa e somente isso agora: há tantos
atos ruins acontecendo no mundo, ao nosso redor e em nós, certo? Por que vamos
colaborar?
Ah,
colaboramos sim drasticamente. Não adianta negar. Negar e negar e negar é bíblico,
histórico, beira ao desespero do medo de estar envolvido... E como não estar? Cada
ato nosso interfere no mundo em tudo relacionado
a quem tem rodeia nós mesmos, ao
aceitado por nós diante de cada acontecimento e somos um imã imenso atraindo e
atraindo e atraindo... É um ciclo exato onde a falta de agradecimentos e
sorrisos pesa ainda mais. A vida pode estar uma
merda ruim para você e, claro, xingar, desabafar, tirar toda a tensão e
estresse em um saco de pancadas ou seja lá o seu alívio, ajuda, mas permanecer
irritado, com aquela nuvem de tempestade formada sobre a cabeça, desejando a morte o mal para o outro só piora ainda
mais as coisas, não é?
Damos
importância demais a uma fechada no trânsito, a um esbarrão, a provocação
alheia e acumulando tanto lixo só temos o mesmo a oferecer, é isso? Não. A maioria
das coisas pode ser reciclada. Somos melhores e se permitir entrar em um jogo desses,
só possível de resolver com o outro, não termina bem. É preciso de mais de uma
pessoa para a competição começar, mas mesmo assim escolhemos competir com nós
mesmos, com um eu fadado ao passado. Estamos vivos, correto? Não é mais uma
oportunidade para melhorar, se desligar das coisas ruins, se afastar daquilo a
te fazer mal para tentar de uma forma diferente conquistar um novo agora?
Isso
não é pirâmide, não é marketing multinível, não é ficar milionário, não é
autoajuda nem sorrir o tempo todo e tentar animar sempre e todo mundo é apenas focar
em si mesmo e pensar na possibilidade de fazer melhor. Ficar lamentando,
acusando, enchendo de pedras no caminho, forrando de obstáculos cada nova
tentativa, enrolando, sabotando e blábláblá é uma preguiça de assumir a si
mesmo e dá aquele tédio diante do cotidiano a ponto de parecer não valer à
pena. Vamos lá! Pensando de novo e vendo de outras formas faremos um bem maior,
principalmente a nós mesmos. Hora de olhar de novo para o espelho esquecendo
todos os padrões.
2 comentários:
Adorei
<3
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