terça-feira, maio 29, 2018

aumentando o tom





a cada passo livre uma corrente me prende um trauma me morde
toda pausa dada me algema em um amor-próprio desconhecido
entorpecido em uma ideia torta de tantas botas no rosto torpe
tudo se entope de palavras de ausências de vazios e nadas frios comidos

refeições rejeitadas reintegradas na desintegração das prisões abertas
com setas neons direções retas apontando todas as saídas outros abrigos
perigos da nossa flutuação presos no silêncio tagarela se escondendo nas vitrines e passarelas

escorrendo as pinturas aquarelas manipulando todas as guerras de possessão sem alguém
ninguém vai vencer violando esta inexistente competição

o tom o sermão construindo esta liberdade na prisão é confusão de significados para a gente se espalhar e ao invés de cantar gritar.

+ Às 00h31, Rafael Belo, terça-feira, 29 de maio de 2018 +

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