terça-feira, maio 01, 2018

virose que tomo






nem tudo é sem razão
quase nada é por coisa alguma
mas às vezes chove sem molhar
o controle está quebrado em algum lugar

com conhecimento caro perdido na língua
enquanto está tudo seco apesar do som da chuva
as coisas continuam caindo constantemente

algumas quedas são a gente com aquele sono atrasado nunca recuperado em outono
fazendo os olhos fecharem pesados por alguma nova virose que tomo

em um tombo onde falar do desconhecido e ser desconhecido em um diálogo consigo deveria ser autoconhecimento mas é desentendimento.

+às 16h04, Rafael Belo, Primeiro de maio de 2018, terça-feira+

Nenhum comentário: