terça-feira, agosto 14, 2018

apidéias








saio ouvindo os sonhos e vou vendo abandonos
abanando donos de nada
feito gente inocente injustiçada içada
pelo pescoço como um animal de estimação
eu vou na direção de tentar plantar independência no buraco da ausência
que costuma estar sempre no mesmo lugar
pareço estar plantando em pedras terras devastadas
mas sempre há coisas inesperadas
fazendo a pedra furar
aí me vejo águas represadas
desviadas da sua correnteza natural
me jogo no meu infinito lago artificial
mergulho em apnéia porque há aqueles
dias sem idéias onde só queremos respirar.

+às 14h49, Rafael Belo, terça-feira, 14 de agosto de 2018+

Nenhum comentário: