quinta-feira, agosto 16, 2018

quando a alma se vai






apago tudo da memória para tirar
o peso da minha história e ser leve
breve onde tentam me usar como degrau
eterno no reinício da inocência transformada
em crença neste eu não há urgência
vem e vai essência destemperando meu sal
dou aval até deixar de acreditar
não há julgar no meu abraço
meu espaço é coletivo
ou desinteressado ou emotivo
sou vivo até na dificuldade de dizer
que algo é meu já que tudo vai tão rápido
meu ser larápio rouba as horas
as amarra na aurora até sozinhas
as amarras se soltarem e a marra
deixar de ser expressão
de certas caras sem tempo.

+às 12h47, Rafael Belo, quinta-feira, 16 de agosto de 2018+

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