Cortes no rosto, foi na cara
As palavras não esperaram o preparo
Foram no disparo que ninguém pode ver
Misturadas ao sangue gotejam consolo
Tinha que ser assim, avisaram
Para conter a verborragia, a mão estanca
Não, não adianta tem que sangrar o alfabeto
A imagem não conta, se não falar
Mesmo no silêncio afiado, vindo nas pausas
Consagrar o dito, com tal calar bendito
Corte profundo ou discreto
Cabe ao cortado somente
Se não compreende, os cortes não foram para você
Na próxima encena, as palavras podem sobrar
Use as vírgulas, ela podem parar
As cirurgias, da gramática
Podem ser feitas por entendidos
Ou nós, leigos, no nosso modo de falar
Posso concordar com a concordância
Ou ela, enquanto palavra, se verte a me (ao meu) cortar.
18h09min. 18.11.08
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