A
São Silvestre chega correndo para corrermos atrás dos nossos sonhos, mas nós os
temos? Às vezes corremos até o esbranquiçar dos nossos pelos e cabelos - ou até
que caiam - para percebermos que não era o sonho, não o nosso, aliás olhando
para tantas pessoas com o mínimo de atenção, apenas sobreviver pela próxima
hora já é um sonho. Mas, é sempre nesta época do (fim do) ano que começamos a
pensar mais em nossos feitos e desfeitos.
Não
há como comparar realidades nem pessoas. Cada um é um mundo, todo um planeta
girando ao redor de algo. O problema é se for exclusivamente de si mesmo,
unicamente dos próprios direitos, aí pronto: não tem como não se irritar
facilmente, se achar perseguido, pensar ser excluído... E centenas de sintomas
difíceis de listar. Claro, todos saímos do sério e devemos, mas se deixar
irritar é dar tanta importância a si mesmo – e ao outro - que só pode ter algo
errado.
Com
certeza ninguém deveria dar mais importância a quem somos além de nós mesmos,
mas acontece de exagerarmos para mais e para menos. Somos demasiados humanos. Não
temos múltiplas polaridades e sim momentos, nossos pensamentos íntimos, mágoas
pessoais, mas precisamos na mesma quantidade estar em comunidade e estar sozinhos.
Sorrir E chorar...
Seria
o equilíbrio tanto procurado. Mente, corpo e coração sãos ou o menos insanos
possíveis é o caminho, porém a vida e seu vai e vem começa e termina constantemente
desde a Grécia Antiga, do Egito Medieval, da China Anciã... Há esta sabedoria
desde o primeiro desdobramento da mente, do primeiro definir dos músculos, do
primeiro expandir do coração, no entanto ainda não conseguimos Amar, não
aprendemos a viver este verbo declaradamente sem posses, sem amarras, apenas
seguimos o confundindo com prazer próprio e bens pessoais perdendo a real Liberdade.
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