Quando tudo era possível
a honestidade era o alívio do mundo
coloria sinceramente os minutos
a verdade era o exemplo mudo
não se trata de tempo nem nunca tratou-se
é um quando idade enquanto quanto era um bando
de esquecimento revoando ao nosso redor
aonde constantes instantes felizes riam movimentos
costurando a teia de infinitos
lambendo a língua para firmar hesitações lambidas
claro clareza não é necessidade enterrada na areia,
mas percepção sim
as mentiras fazem todo aniversário crises de meia
idade assim-assim
então eternas metades nascem completas
atletas em superar tudo
e o vulto da infância ninguém viu florescer
todos foram para os 25 do absurdo
não existem mais adultos
as pessoas vêm morrendo antes de nascer.
(Rafael Belo, 15 de dezembro de
2015, terça, às 14h10)
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