Notícia
boa de verdade ninguém sai por aí espalhando, sabe? Tem aquela coisa de inveja,
agouros e outros clichês, mas notícia ruim? Ah, esta pode ficar na boca do povo
o tempo todo. Tanto a ponto de parecer serem as únicas... E também segue a sina
de “notícia ruim chegar rápido”, aliás em época de tempo real, ao vivo, instantâneo
essa só pode ser parente do Usain Bolt.
Falando
em sina, fado, destino... Enfim, acabam por significar a mesma coisa, mas sina
e fado – sabe se lá porque – sempre são usadas para designar algo ruim. Desígnios,
às vezes, chegam a mesma finalidade. Mas, se fomos usar a capacidade de raciocínio
desenvolvida por nós nestes nós de contradições diários, jamais definiríamos linhas
traçadas para nossa vida inteira, traçaríamos?
Não
sei qual sua motivação na vida ou sua fé, mas “pressupondo” sermos dotados de livre-arbítrio
não haveria possibilidade real de decidimos sofrer abuso sexual, mortes
violentas, suicídios, miséria, sofrimentos... Nem ser necessário passarmos por
tais brutalidades para crescermos, evoluirmos, percebermos outros caminhos
quando é possível de forma pacífica e piedosa aprendermos, nos arrependermos e escolher
o considerado melhor.
Até
acredito existir a capacidade de ignorarmos aquela desabrigada, abandonada à
própria sorte, azar ou acaso... Espera uma pessoa é obrigada a jogar os dados
diariamente e torcer para dar certo? Suplicar para ter alimento, abrigo, saúde,
atenção, mais um dia para os filhos viverem? Não, não posso acreditar na
casualidade, na aleatoriedade de tudo ou de apenas certos “algos”. Nem a isso
somos obrigados ou sequer agradecidos.
Castigo,
punição, inflição de dor, sofrimento, julgamentos não têm nada a ver com os
ensinamentos de fé, empatia, oportunidade, iniciativa, motivação, dar a outra
face, união, esperança, Amor nos quais são baseadas tantas crenças. Tudo isto é
herança de quando ao invés de estendermos a mão ao próximo, ouvir, aprender,
ensinar, respeitar apontávamos dedos, chamávamos quem e o que não era parecido
com a gente de diferente, bárbaro, ruim, mau, mal... Espalhávamos o medo... E,
infelizmente, este medo ancestral, bestial e egoísta ainda cega nossos olhos e
nos faz divididos. Nem é preciso dizer, mas o digo, que enquanto assim formos
seguiremos ao acaso na dor.
Um comentário:
Bela reflexão!
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